Setembro mal começou e o mês tido como “setembro negro” vai fazendo jus ao peso que carrega. Um novo movimento de alta sobre o etanol foi iniciado, mas por enquanto está sendo absorvido pelo segmento revendedor e por isso, ainda não chegou às bombas, o que deve ocorrer na próxima semana. Se confirmado, a alta será a segunda em um intervalo inferior a 30 dias.
O novo preço de bomba ainda não é conhecido porque novos repasses dos revendedores poderão ser novamente embutidos. No entanto é possível estimar o tamanho da elevação. Considerando o valor da distribuidora de R$ 1,62 na semana passada, o mais alto relatado à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em Cuiabá, e comparado ao novo preço já repassado aos postos nesta semana por uma distribuidora de bandeira branca, R$ 1,71, há um incremento de cerca de R$ 0,09, que lançado de forma bruta no preço de bomba geraria um novo valor próximo a R$ 2,10 (R$ 2,08).
O primeiro secretário do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis de Mato Grosso (Sindipetroleo), Bruno Borges, confirmou ontem ao Diário a existência do aumento repassado pelas distribuidoras no etanol hidratado. “Ainda não alteramos os preços atuais ao consumidor, mas para manter seu negócio e o custo operacional da empresa, logo esse repasse pode acontecer e, possivelmente, iniciará o processo de migração do consumo do etanol para a gasolina”.
Atualmente, considerando os valores de até R$ 1,99 ao litro do etanol hidratado na bomba e de R$ 2,78 à gasolina, o preço do primeiro corresponde a 68% do derivado de petróleo, o que economicamente falando, coloca o hidratado na berlinda da preferência do consumidor, em plena safra canavieira no Estado, cuja colheita nas grandes usinas seguirá até novembro. Em função do menor rendimento do etanol em relação à gasolina, ele só é vantajoso até o percentual de 70% do valor de bomba do derivado do petróleo, que confere maior autonomia de quilometragem por litro consumido.
Com relação à preferência do consumidor na Grande Cuiabá, Borges conta que a rejeição ao hidratado ainda não é algo visível. “Hoje o etanol representa 68% do preço da gasolina, portanto ainda vale à pena abastecer com etanol. Neste momento, o consumidor está aprendendo a fazer as contas para ver saber qual o combustível mais vantajoso economicamente, se é o etanol ou a gasolina”, no entanto, após a nova alta, Borges, que também é revendedor, acredita em uma demanda maior à gasolina.
Questionado sobre a inversão na preferência do consumidor, Borges diz que isso não é vantajoso ao posto, considerando informações de mercado que apontam que na venda de um litro de gasolina há mais margem de lucro ao posto quando comparado ao mesmo volume comercializado de etanol. “A inversão não é positiva, pois o consumidor sai perdendo e acaba pagando mais caro pelo produto e levando menos. Ele praticamente fica sem escolha quando os reajustes são altos. A remuneração dos revendedores também diminui, pois ele precisa ter mais capital de giro para manter as aquisições de combustível para revenda ao consumidor em dia. Por enquanto, em Mato Grosso, o cenário não mudou, o etanol continua sendo largamente consumido, vamos ver agora com a nova alta”
CONSUMO – No relatório de comercialização de combustíveis da ANP, com números de janeiro a julho, o consumo de etanol no Estado recuou 18,7%, enquanto que no Brasil a queda foi de 23,8%. Na comparação entre os números de janeiro a julho deste ano, a comercialização soma pouco mais de 187 milhões de litros, ante 229 milhões em igual período do ano passado. Na comparação anual, julho contra julho, o volume atual é de 32,02 milhões de litros contra 36,09 milhões.
No Brasil, o acumulado soma 6,22 bilhões de litros ante 8,17 bilhões.
PERDA - Mas antes de se observar o novo reajuste de preços do etanol, o litro mato-grossense que há meses vinha ocupando a posição de preço médio mais barato do Brasil, perdeu a vantagem ao despencar para o quarto lugar na semana passada. Conforme números da ANP, o litro mais acessível está em Goiás (R$ 1,84), seguido de São Paulo (R$ 1,88), do Paraná (R$ 1,91) e de Mato Grosso (R$ 1,96).
Nas últimas quatro semanas, o preço médio de bomba no Estado passou de R$ 1,67 para R$ 1,96, alta de 17,3%. Ainda segundo a ANP, o valor médio em adoção pelas distribuidoras passou de R$ 1,45 para R$ 1,53, incremento de 5,51%, no mesmo intervalo de comparação.
O novo preço de bomba ainda não é conhecido porque novos repasses dos revendedores poderão ser novamente embutidos. No entanto é possível estimar o tamanho da elevação. Considerando o valor da distribuidora de R$ 1,62 na semana passada, o mais alto relatado à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em Cuiabá, e comparado ao novo preço já repassado aos postos nesta semana por uma distribuidora de bandeira branca, R$ 1,71, há um incremento de cerca de R$ 0,09, que lançado de forma bruta no preço de bomba geraria um novo valor próximo a R$ 2,10 (R$ 2,08).
O primeiro secretário do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis de Mato Grosso (Sindipetroleo), Bruno Borges, confirmou ontem ao Diário a existência do aumento repassado pelas distribuidoras no etanol hidratado. “Ainda não alteramos os preços atuais ao consumidor, mas para manter seu negócio e o custo operacional da empresa, logo esse repasse pode acontecer e, possivelmente, iniciará o processo de migração do consumo do etanol para a gasolina”.
Atualmente, considerando os valores de até R$ 1,99 ao litro do etanol hidratado na bomba e de R$ 2,78 à gasolina, o preço do primeiro corresponde a 68% do derivado de petróleo, o que economicamente falando, coloca o hidratado na berlinda da preferência do consumidor, em plena safra canavieira no Estado, cuja colheita nas grandes usinas seguirá até novembro. Em função do menor rendimento do etanol em relação à gasolina, ele só é vantajoso até o percentual de 70% do valor de bomba do derivado do petróleo, que confere maior autonomia de quilometragem por litro consumido.
Com relação à preferência do consumidor na Grande Cuiabá, Borges conta que a rejeição ao hidratado ainda não é algo visível. “Hoje o etanol representa 68% do preço da gasolina, portanto ainda vale à pena abastecer com etanol. Neste momento, o consumidor está aprendendo a fazer as contas para ver saber qual o combustível mais vantajoso economicamente, se é o etanol ou a gasolina”, no entanto, após a nova alta, Borges, que também é revendedor, acredita em uma demanda maior à gasolina.
Questionado sobre a inversão na preferência do consumidor, Borges diz que isso não é vantajoso ao posto, considerando informações de mercado que apontam que na venda de um litro de gasolina há mais margem de lucro ao posto quando comparado ao mesmo volume comercializado de etanol. “A inversão não é positiva, pois o consumidor sai perdendo e acaba pagando mais caro pelo produto e levando menos. Ele praticamente fica sem escolha quando os reajustes são altos. A remuneração dos revendedores também diminui, pois ele precisa ter mais capital de giro para manter as aquisições de combustível para revenda ao consumidor em dia. Por enquanto, em Mato Grosso, o cenário não mudou, o etanol continua sendo largamente consumido, vamos ver agora com a nova alta”
CONSUMO – No relatório de comercialização de combustíveis da ANP, com números de janeiro a julho, o consumo de etanol no Estado recuou 18,7%, enquanto que no Brasil a queda foi de 23,8%. Na comparação entre os números de janeiro a julho deste ano, a comercialização soma pouco mais de 187 milhões de litros, ante 229 milhões em igual período do ano passado. Na comparação anual, julho contra julho, o volume atual é de 32,02 milhões de litros contra 36,09 milhões.
No Brasil, o acumulado soma 6,22 bilhões de litros ante 8,17 bilhões.
PERDA - Mas antes de se observar o novo reajuste de preços do etanol, o litro mato-grossense que há meses vinha ocupando a posição de preço médio mais barato do Brasil, perdeu a vantagem ao despencar para o quarto lugar na semana passada. Conforme números da ANP, o litro mais acessível está em Goiás (R$ 1,84), seguido de São Paulo (R$ 1,88), do Paraná (R$ 1,91) e de Mato Grosso (R$ 1,96).
Nas últimas quatro semanas, o preço médio de bomba no Estado passou de R$ 1,67 para R$ 1,96, alta de 17,3%. Ainda segundo a ANP, o valor médio em adoção pelas distribuidoras passou de R$ 1,45 para R$ 1,53, incremento de 5,51%, no mesmo intervalo de comparação.
Fonte: Diário de Cuiabá, MARIANNA PERES
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