Nem consigo acreditar que o outono chegou.
A mudança de cores na paisagem urbana normalmente castigada pelo cinza seria linda, se não fosse tão melancólica.
Tenho andado um tanto estranha, amarga eu acho.
Tem aquela coisa de querer sempre tudo certo, medo de errar. Não ter tempo de consertar.
A mesma velha sensação de correr contra o relógio.
Há tempos que não vinha aqui e atualizava o blog. E hoje quando releio
antigas postagens percebo que não mudei nada.
Ou mudei muito.
Ou os dois, se é que é possível.
Minhas necessidades mudaram. Minhas prioridades são outras.
Mas meus desejos ainda são os mesmos, as vontades ainda me consomem.
A urgência de sei lá o quê. Ainda. Anda.
Tem um século que não abro um livro, e mais um outro inteiro que não escrevo.
Medo de não saber mais como faz. Ler e sentir, escrever e derramar. Esparramar o que é óbvio e pobre. E que é pobre porque é tão corriqueiro quanto estúpido.
Esta passarela de quadrinhas, linhas e colunas e palavras. E eu no meio, fazendo fita.
Quanto tempo!!
Tenho intenções de voltar aqui mais vezes, e com mais tempo.
Perdoar-me os erros e só. Não confessar, não.
Coexistiremos, eu ontem e eu hoje, e não farei julgamentos.
É promessa.
Mas não é dívida.
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